Mato Grosso do Sul lidera ranking de feminicídios no Brasil, revelando uma realidade alarmante e urgente. O Estado apresenta então a maior taxa de feminicídios do país, segundo levantamento do Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios), com 12,6 casos por 100 mil mulheres. A análise compreende o período de janeiro a dezembro de 2024 e reforça a necessidade de ações mais efetivas de proteção às mulheres.
O mais recente caso que chocou o Estado foi o de Vanessa Eugênia e sua filha de apenas 10 meses, assassinadas em Campo Grande, no dia 26 de maio. Poucos dias depois, Eliane Guanes teve o corpo queimado em Corumbá, e não resistiu aos ferimentos. Esses casos são apenas alguns do ano corrente, entre os 35 feminicídios registrados em Mato Grosso do Sul ano ado — 11 deles somente na capital.
Mato Grosso do Sul lidera ranking de feminicídios superando então estados como Mato Grosso (11,6%) e Rondônia (11,3%). No total, o país registrou 1.859 mortes de mulheres por feminicídio no ano, além de 2.286 tentativas. Os dados também mostram que domingos e sábados são os dias mais perigosos para as vítimas. Faca e canivete lideram como armas mais utilizadas pelos agressores.
Além do impacto direto nas vítimas, esse triste destaque no ranking de feminicídios impõe então uma reflexão urgente sobre a violência de gênero, especialmente em regiões como o interior do Estado, onde ocorreram 10 das mortes.
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